COLICISTITE – COLICISTECTOMIA
O QUE É COLICISTITE?
Colicistite é a inflamação da vesícula biliar.
A vesícula biliar é um pequeno órgão em forma de saco, que contém a bile, um fluído muito importante para a digestão de gorduras. A bile é produzida no fígado e é libertada no intestino delgado após as refeições, para ajudar na digestão.
Esta inflamação pode ser aguda, sendo chamada de colecistite aguda, com sintomas intensos e de rápida piora, ou crônica, com sintomas mais leves e que podem durar semanas ou meses.
Na grande maioria dos casos, a colecistite é provocada pela obstrução do canal que sai da vesícula biliar por cálculos biliares. Esta obstrução provoca uma acumulação de bílis, que causa a inflamação na vesícula. Outras causas de colecistite incluem problemas do canal biliar, certas infeções ou tumores.
COLICISTITE AGUDA E CRÔNICA
A colicistite pode ser classificada em 2 tipos, conforme a gravidade e duração dos sintomas, a saber:
Na maior parte dos casos, os sintomas da colecistite aguda incluem:
2. Colecistite crônica: é uma inflamação arrastada, de longa duração. É provocada por um processo semelhante ao da colecistite aguda, podendo também estar ou não associada à presença de pedra.
CAUSAS DA COLICISTITE
A colecistite ocorre quando existe uma inflamação da vesícula biliar que pode ser provocada por:
– Cálculos biliares, também são conhecidos como “pedra na vesícula”. Os cálculos biliares são partículas duras que podem causar bloqueio do canal pelo qual a bile passa. Quando o canal é obstruído, a bile acumula-se na vesícula, causando assim a inflamação.
– Tumores: Um tumor na região da vesícula pode também obstruir a passagem da bile, deixando o fluido acumular e causar inflamação.
– Certas infeções, como o HIV (frequentemente chamada de colecistite acalculosa ou alitiásica)
– Problemas nos vasos sanguíneos
DIAGNÓSTICO DA COLICISTITE
O diagnóstico da colecistite é realizado através da avaliação dos sinais e sintomas em conjunto com a sua história clínica. Pode também ser recomendada a realização de alguns exames complementares:
– Análises ao sangue: permitem avaliar a existência de alguma inflamação ou sinal de problemas no fígado ou vesícula.
– Exames de imagem, como ultrassom abdominal ou endoscópica, ou tomografia computadorizada.
COMPLICAÇÕES DA COLICISTITE
A colecistite, pode originar diversas complicações quando não tratada adequadamente:
– Necrose da vesícula biliar: é mais frequente em idosos e pode provocar uma infeção grave e se espalhar pelo organismo (sepsis);
– Rutura da vesícula biliar: pode provocar infeções graves no abdómen (peritonite) ou formação de um abcesso;
Todas estas complicações necessitam de tratamento imediato.
COLICISTECTOMIA – CIRURGIA PARA REMOÇÃO DA VESÍCULA
A cirurgia de retirada da vesícula biliar é indicada para pacientes com pedra na vesícula (colecistite) crônica ou aguda, cólica biliar e colecistite acalculosas.
A recomendação dessa cirurgia depende dos seguintes fatores:
Colicistectomia por via laparoscópica:
Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva, na qual são feitos pequenos orifícios na parede abdominal através da qual a vesícula biliar é removida utilizando instrumentos cirúrgicos especiais.
Essa é a modalidade mais utilizada atualmente, por ser pouco invasiva.
Além disso, o paciente é liberado rapidamente após a cirurgia, em apenas 1 dia.
A vesícula é um órgão útil, mas não é vital. Depois da remoção deste órgão, a bile flui diretamente do fígado até ao intestino delgado, em vez de ser armazenada.
PREVENÇÃO DA COLICISTITE
Existem algumas maneiras de prevenir colicistite, como:
– Manter um peso adequado;
– Praticar exercício físico regularmente;
– Fazer uma dieta saudável rica em legumes, frutas e produtos integrais. Evitar alimentos com alto teor de gorduras e baixos em fibras;
Os cálculos da vesícula (pedras da vesícula) são uma das causas extremamente relevantes associadas à colecistite, pelo que é muito importante que o seu diagnóstico e vigilância sejam efetuados pelo seu médico assistente, de modo a prevenir complicações como a colicistite.